OPINIÃO

SÃO GONÇALO: UMA CIDADE ENTREGUE À PRÓPRIA SORTE!

Em meio a uma epidemia de dengue que se alastra no Rio de Janeiro, especialmente na Região Metropolitana e que afeta os moradores de São Gonçalo, não é visível nenhuma ação preventiva para o combate à doença por parte das autoridades municipais. A prefeita Aparecida Panisset, mais preocupada com a aprovação de suas contas, junto a TCE e à Câmara Municipal, parece não estar interessada em se envolver com o tão urgente combate ao Aedes aegypti. Não se vê nas ruas os agentes de saúde e muito menos os chamados carros "fumacê". O serviço de atendimento à saúde do município parece não estar plenamente aparelhado para cuidar dos pacientes acometidos da doença. Pelo menos não foi anunciada nenhuma ação ou estratégia emergencial nesse sentido. Parece até que estamos imunes ao mal que aflige a todos.

A par desse grande problema de saúde pública, o gonçalense ainda se depara, no seu dia a dia, com montanhas de lixo espalhadas pela cidade. O mal cheiro, a proliferação de ratos e insetos fazem parte do cotidiano de cada um de nós. Não obstante ao milionário contrato para o recolhimento do lixo, a empresa responsável pelo serviço - a Serviflu - não cumpre a sua obrigação contratual e não recolhe o lixo. As autoridades municipais assistem a tudo passivamente e não se pronunciam. Nem uma declaração pública. Simplesmente parece que está tudo bem. Não se vê nenhum vereador, representante do povo, tomar qualquer atitude em prol dos interesses da população que se sente abandonada, desamparada e indignada com tal desleixo administrativo. Uma cidade que necessita de saneamento básico, onde esgoto corre à céu aberto e a maioria de suas ruas está sem calçamento, na lama e na poeira. Pobre munícipe gonçalense, que vive a se lamentar e que ghega à triste constatação de que a sua São Gonçalo é uma cidade entregue à sua própria sorte!